Por Zé Bocca
Olá caros conterrâneos, povo da terra da Cascata Branca. Embora possa parecer e, muitas das vezes, o ser mesmo, meio insociável, estou sempre ligado nas redes sociais.
Posso observar que a eleição que se aproxima. Será a primeira a contar integralmente com esse importante instrumento de comunicação. Porém ainda se fazem necessários alguns ajustes nessa ferramenta.
Percebo que a ausência física, no caso virtual, permite certos descompassos, exageros e inverdades. Também permite que pessoas publiquem suas opiniões, sem mostrar sua verdadeira identidade, os populares fakes.
Bom, acho que essa coisa de se esconder atrás de um pseudônimo, de uma imagem falsa, é falta de caráter, num regime democrático pressupõe-se que as pessoas possam no mínimo manifestar-se. Evidente que cada um arcando com suas palavras, como diz o rapper Xis, “se o microfone tá na minha mão é tudo no meu nome!”.
Como tenho nome, rosto e opinião, embora não faça questão alguma que concordem ou discordem, apenas as emito, e assumo. Vou soltar algumas palavras, sobre essa pendenga que ultimamente toma conta das redes sociais, que é a eleição municipal, e seus respectivos postulantes.
Primeiro, os últimos governos federais deixaram a oposição com seu longo bico, e sua plumagem, meio amassados. Convenhamos, realmente é difícil fazer oposição a governos que estabelecem altos índices de aprovação popular. Para tucano desinformado, sugiro uma espiadela nos atuais 77% de aprovação da presidenta Dilma (segundo pesquisa Datafolha, publicada em 04/04/2012). De maneira que os modos operantes da oposição, que parte de Brasília, contaminam todo o tucanato nacional. E aqui, nas terras da Cascata Branca não é e nem poderia ser diferente.
Sinto falta de oposição com propostas, pois não basta falar que tal coisa não funciona, que algo está errado, tem que se indicar alternativas, caminhos, posições. Uma das condições da eleição da presidenta Dilma, na ultima eleição, foi à comparação dos dois mandatos do presidente Lula, com os dados do seu antecessor, FHC. Para este velho militante, já quase militante velho, nunca foi tão fácil pedir voto para um candidato, pois as comparações falam por si mesmas.
Agora, voltemos a divagação para nossa cidade. Muita se fala, muito se aponta, muito se critica a atual administração, em especial numa famosa rede social. Os mais exaltados e revoltados são simpatizantes e provavelmente eleitores de um ex-prefeito e eterno candidato a nossa prefeitura. Quero deixar claro que aos fakes, não me dou o trabalho de responder nada. Agora para o povo que põe a cara a mostra, muitos deles meus amigos e familiares, caríssimos, já que não são capazes de oposição com propostas, basta que comparemos as administrações, sim, porque o eterno candidato, já sentou na mais almejada cadeira, por três oportunidades, além de ser secretário de educação de seu sucessor, que, diga-se de passagem, foi apunhalado pelas costas, pelo mesmo.
Mas vamos às comparações: Saúde, tão alardeada como péssima, que não funciona, que tem fila, etc, etc, etc.. Não vou defender mesmo que a saúde esteja em perfeitas condições, pois não está. Mas lembrando, que saúde não se faz somente de maneira curativa, e sim preventiva. Mas pergunto: no governo do professor, era melhor?
Continuando, educação: Faltam vagas nas creches, faltam, mas que governo abriu mais vagas? Também não podemos deixar de levar em conta, que o numero de empregos só cresce, fazendo com que cada vez mais mães trabalhadoras precisem de creches para seus filhos. Crianças alimentadas com comida de boa qualidade, a maioria das escolas, equipadas com bibliotecas, quantas tínhamos na administração anterior?
Urbanismo? A malha viária da cidade, cada vez mais eficiente, a atual administração teve a coragem de retirar os caminhões da nossa principal avenida. Quantos quilômetros de pavimentação tivemos antes?
Poderia me estender por caracteres e caracteres, nessas comparações, mas acho que devemos saber a hora de parar, porém, contudo, todavia, não poderia deixar de falar, sobre um assunto do qual sou militante, e me considero um médio entendedor: a cultura!
Nossa cidade hoje é referencia cultural, não só na região como em todo território nacional, nossos artistas são reconhecidos, nosso publico, elogiados. Os livros de nossa biblioteca, com suas capas originais a mostra, sem aqueles inexplicáveis papéis pardos que os encapavam, poder vê-los diretamente na estante, e não por catálogos como era antes. Quanto vale isso? O que uma pessoa com acesso a bens culturais é capaz de fazer pela sua saúde, pela sua educação, pelo seu bem estar? Uma pessoa que produz e/ou consome cultura, não se deixa enganar por falsos discursos. Agora eu pergunto aos oposicionistas de plantão, raivosos e ruidosos: temos como comparar a política cultural desse governo, com a do candidato que vocês defendem?
Zé Bocca é ator e contador de histórias.
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