quinta-feira, 13 de junho de 2013

O prisioneiro 46664

"Democracia com fome, sem educação e saúde para a maioria, é uma concha vazia." (Nelson Mandela)

A história da humanidade se caracteriza pelo sentido das ideologias que ao longo dos séculos foram concebidas. Com o objetivo de manter estruturas sociais díspares, a direita produziu os mais pérfidos pensamentos, alimentando cadeias de violência sem precedentes e que deixaram marcas indeléveis à existência humana. Assim, como subproduto do extremismo reacionário da classe dominante, o racismo enraizou-se no coração dos homens, produzindo as maiores carnificinas e injustiças que se teve conhecimento.  

Mandela surge como uma liderança das mais prestigiosas do século XX. Contemporâneo a um dos processos mais cruéis que a elite branca patrocinou no continente africano, Mandela, ao lado de Lênin, Arafat e Fidel, certamente compõe o quarteto mais influente e significativo da história do século passado. Ao findar da vida, cabe uma reflexão precisa sobre, talvez, a mais nobre de todas as causas já defendidas.

Produto da imaginação sádica dos setores mais ignorantes da sociedade, o racismo se apresenta como sendo a mais hedionda forma de discriminação de seres humanos. Nesse contexto, o prélio pela igualdade racial produziu nomes admiráveis na história, e Mandela representa o ápice dentro desse conturbado contexto de interesses dos mais espúrios imagináveis.   

Finda um período, uma história de luta, perseguição e cárcere, mas que sobreviverá como o arquétipo perfeito da sede de justiça que deve alimentar toda a massa oprimida. Mandela se eterniza como o símbolo maior da resistência, da busca do direito sacramentado de existir de seres humanos cuja única “afronta” é trazer na cútis a marca incontestável da cor. 

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