"Democracia com fome, sem educação e saúde
para a maioria, é uma concha vazia." (Nelson Mandela)
A história da humanidade se caracteriza pelo sentido das
ideologias que ao longo dos séculos foram concebidas. Com o objetivo de manter
estruturas sociais díspares, a direita produziu os mais pérfidos pensamentos,
alimentando cadeias de violência sem precedentes e que deixaram marcas
indeléveis à existência humana. Assim, como subproduto do extremismo
reacionário da classe dominante, o racismo enraizou-se no coração dos homens,
produzindo as maiores carnificinas e injustiças que se teve conhecimento.
Mandela surge como uma liderança das mais prestigiosas do
século XX. Contemporâneo a um dos processos mais cruéis que a elite branca
patrocinou no continente africano, Mandela, ao lado de Lênin, Arafat e Fidel,
certamente compõe o quarteto mais influente e significativo da história do
século passado. Ao findar da vida, cabe uma reflexão precisa sobre, talvez, a
mais nobre de todas as causas já defendidas.
Produto da imaginação sádica dos setores mais ignorantes da
sociedade, o racismo se apresenta como sendo a mais hedionda forma de discriminação
de seres humanos. Nesse contexto, o prélio pela igualdade racial produziu nomes
admiráveis na história, e Mandela representa o ápice dentro desse conturbado
contexto de interesses dos mais espúrios imagináveis.
Finda um período, uma história de luta, perseguição e
cárcere, mas que sobreviverá como o arquétipo perfeito da sede de justiça que
deve alimentar toda a massa oprimida. Mandela se eterniza como o símbolo maior
da resistência, da busca do direito sacramentado de existir de seres humanos
cuja única “afronta” é trazer na cútis a marca incontestável da cor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário