domingo, 19 de outubro de 2014

A esquerda de mentira

“Ao invés de construir um socialismo democrático, libertário, contemporâneo, o PSB optou por abraçar o passado, o atraso, representado pela socialdemocracia de direita.
(Roberto Amaral, ex-presidente do PSB)

Historicamente, verifica-se que a divisão da esquerda contribuiu, notadamente, para a ascensão de governos totalitários à direita no espectro político. Foi assim na Europa no decorrer do século XX, e não é diferente hoje na América Latina.
No caso do Brasil atual, verificamos que a esquerda ressentida, fracassada social e politicamente, quando se encontra vulnerável, tem uma tendência bastante particular em fortalecer a direita. Essa disputa interna em partidos da esquerda é um sinal inequívoco da falta de coerência, ou, até mesmo, da falta de honestidade e caráter de muitas lideranças que, ao menos em tese, levantam bandeiras sociais dignas de credibilidade.
Marina Silva é um exemplo típico da falta completa de senso. Inicialmente, parte integrante do Partido dos Trabalhadores, sua inconsistência ideológica a conduziu para a fracassada tentativa de engendrar um partido político que, na teoria, seria algo novo e jamais visto na história: a Rede. De tão “inovador”, o partido que prega “sustentabilidade” era composto por classes sociais que jamais poderiam defender qualquer equilíbrio socioambiental, visto sobreviverem da degradação e da exploração da massa trabalhadora.
Não obstante seu discurso pífio, vazio ideologicamente, e bastante confuso para classificá-lo, Marina Silva conseguiu a proeza de se aliar a setores dos mais reacionários e atrasados da política brasileira, simbolizado hoje pela candidatura de Aécio Neves. Do PT de origem ao PSDB de hoje, Marina é o exemplo maior de tudo aquilo que devemos abominar na política: o oportunismo e a mentira.

Derrotada pelas urnas e pela sua consciência, Marina é o contrassenso e o despropósito, o anacronismo personificado. Travestida de santa, ela representa tudo aquilo que o analfabetismo político alimenta há séculos. Hoje, ela se empenha na tentativa de trazer de volta às decisões políticas figuras como Armínio Fraga e outras, o que significa dizer, inevitavelmente, que Marina sempre foi uma farsa...   

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