“Ao
invés de construir um socialismo democrático, libertário, contemporâneo, o PSB
optou por abraçar o passado, o atraso, representado pela socialdemocracia de
direita.
(Roberto Amaral,
ex-presidente do PSB)
Historicamente,
verifica-se que a divisão da esquerda contribuiu, notadamente, para a ascensão
de governos totalitários à direita no espectro político. Foi assim na Europa no
decorrer do século XX, e não é diferente hoje na América Latina.
No caso do Brasil
atual, verificamos que a esquerda ressentida, fracassada social e
politicamente, quando se encontra vulnerável, tem uma tendência bastante
particular em fortalecer a direita. Essa disputa interna em partidos da
esquerda é um sinal inequívoco da falta de coerência, ou, até mesmo, da falta
de honestidade e caráter de muitas lideranças que, ao menos em tese, levantam
bandeiras sociais dignas de credibilidade.
Marina Silva é um
exemplo típico da falta completa de senso. Inicialmente, parte integrante do
Partido dos Trabalhadores, sua inconsistência ideológica a conduziu para a
fracassada tentativa de engendrar um partido político que, na teoria, seria
algo novo e jamais visto na história: a Rede. De tão “inovador”, o partido que
prega “sustentabilidade” era composto por classes sociais que jamais poderiam
defender qualquer equilíbrio socioambiental, visto sobreviverem da degradação e
da exploração da massa trabalhadora.
Não obstante seu
discurso pífio, vazio ideologicamente, e bastante confuso para classificá-lo,
Marina Silva conseguiu a proeza de se aliar a setores dos mais reacionários e
atrasados da política brasileira, simbolizado hoje pela candidatura de Aécio
Neves. Do PT de origem ao PSDB de hoje, Marina é o exemplo maior de tudo aquilo
que devemos abominar na política: o oportunismo e a mentira.
Derrotada pelas
urnas e pela sua consciência, Marina é o contrassenso e o despropósito, o
anacronismo personificado. Travestida de santa, ela representa tudo aquilo que
o analfabetismo político alimenta há séculos. Hoje, ela se empenha na tentativa
de trazer de volta às decisões políticas figuras como Armínio Fraga e outras, o
que significa dizer, inevitavelmente, que Marina sempre foi uma farsa...
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